segunda-feira, 21 de março de 2011

Outono: Volta ás aulas de meu coração.


“- Quantas pessoas você matou, Arthur?   - Como assim?   - Para estar solteiro, você deve ter praticado algum crime. Só pode.”

Oi coração. Seja bem vindo de volta. Suas férias foram demoradas, não?. Senti saudade dessa paixão que habita em ti. Não sei bem como descrever, não sei por onde começar. Minha alma quer fazer poemas, meu corpo deseja liberta-se com um grito, meu coração bombeia partículas que apenas são liberadas quando gosto de uma pessoa realmente. Desculpe-me, eu sou assim. Eu tenho o amor à primeira vista. Saindo de casa, atrasado, pensando que seria apenas mais um “blind date”, retorno a mesma cantando canções de amor como um velho boêmio. Quando a encontrei, eu apenas sorri. Seria muito para o meu caminhãozinho? Eu dou duas viagens se preciso, sou esperto. Com todos os problemas passados e já superados, eu perdi parte de minha confiança em mim mesmo. Eu tento recuperá-la a cada dia, hoje eu a tive por completa em alguns momentos. Indiretas, medo e um pulo na água, eu queria me molhar mesmo. Havia dois anos que eu não levava alguém para aquele lugar, o meu lugar com o meu antigo amor. Seria eu um maluco por estar levando uma nova pessoa para o lugar que um dia foi de outra? Não. Eu queria apenas preservar e reviver tudo o que foi bom aquela vez, mas agora, com outra pessoa e um novo Arthur. Uma segunda chance ganhada na mega sena do amor. Eu aprendi a agarrar brutalmente essa dávida de destino. Não me iluda.A cada vez que olhava em seus olhos, a única coisa que eu queria saber era no que estavas pensando. Não me acorde desse sonho. Se posso sonhar e ter expectativas, não me acorde agora, assim minha realidade não virará meu maior pesadelo. Eu não fui um ator, mas ganharia o Oscar por ter sido tão sincero em tudo que eu falei e em todas as atitudes que tomei. Minhas inseguranças ainda existem, eu quero continuar a domá-las. A sua educação realmente me encantou. Por onde cavalgavas minha bela donzela que nunca chegava até a minha sacada? Eu não tive necessidade absurda de sexo, eu tive necessidade de estar com você abraçado, naquele lugar, revivendo o meu passado e demonstrando um Arthur que não existe na vida real. O Arthur que só se encontra quando a luz está apagada, a luminária ligada, o ventilador na cara, e o computador sendo usado para escrever. Eu gostei de te conhecer, eu não queria ir embora. A saudade vai ficar, o telefonema eu vou sempre esperar e a etapa “amar”, talvez e finalmente, começará.

“ – Não esqueça-me.
  -  Nem por um momento.
  - Se amanhã ficares com outro, não conte-me.
  - Pare de bobeira. Enquanto eu estiver com você, será só com você.
  - Assim espero. Me abraça?”
       

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