“- Quantas pessoas você matou, Arthur?
- Como assim?
- Para estar solteiro, você deve ter
praticado algum crime. Só pode.”
Oi coração. Seja bem vindo de volta. Suas férias foram
demoradas, não?. Senti saudade dessa paixão que habita em ti. Não sei bem
como descrever, não sei por onde começar. Minha alma quer fazer poemas, meu
corpo deseja liberta-se com um grito, meu coração bombeia partículas que apenas
são liberadas quando gosto de uma pessoa realmente. Desculpe-me, eu sou assim.
Eu tenho o amor à primeira vista. Saindo de casa, atrasado, pensando que seria
apenas mais um “blind date”, retorno a mesma cantando canções de amor como um
velho boêmio. Quando a encontrei, eu apenas sorri. Seria muito para o meu
caminhãozinho? Eu dou duas viagens se preciso, sou esperto. Com todos os
problemas passados e já superados, eu perdi parte de minha confiança em mim
mesmo. Eu tento recuperá-la a cada dia, hoje eu a tive por completa em alguns
momentos. Indiretas, medo e um pulo na água, eu queria me molhar mesmo. Havia dois
anos que eu não levava alguém para aquele lugar, o meu lugar com o meu antigo amor.
Seria eu um maluco por estar levando uma nova pessoa para o lugar que um dia foi de outra? Não. Eu queria
apenas preservar e reviver tudo o que foi bom aquela vez, mas agora, com outra
pessoa e um novo Arthur. Uma segunda chance ganhada na mega sena do amor. Eu aprendi a agarrar brutalmente essa dávida de destino. Não
me iluda.A cada vez que olhava em seus olhos, a única coisa que eu
queria saber era no que estavas pensando. Não me acorde desse sonho. Se
posso sonhar e ter expectativas, não me acorde agora, assim minha realidade não
virará meu maior pesadelo. Eu não fui um ator, mas ganharia o Oscar por ter sido
tão sincero em tudo que eu falei e em todas as atitudes que tomei. Minhas
inseguranças ainda existem, eu quero continuar a domá-las. A sua educação
realmente me encantou. Por onde cavalgavas minha bela donzela que nunca chegava
até a minha sacada? Eu não tive necessidade absurda de sexo, eu tive
necessidade de estar com você abraçado, naquele lugar, revivendo o meu passado e demonstrando um Arthur que não existe na vida real. O Arthur que só
se encontra quando a luz está apagada, a luminária ligada, o ventilador na
cara, e o computador sendo usado para escrever. Eu gostei de te conhecer, eu
não queria ir embora. A saudade vai ficar, o telefonema eu vou sempre esperar e
a etapa “amar”, talvez e finalmente, começará.
“ – Não esqueça-me.
- Nem por um momento.
- Se amanhã ficares com outro, não conte-me.
- Pare de bobeira. Enquanto eu estiver com você, será só com você.
- Assim espero. Me abraça?”
- Nem por um momento.
- Se amanhã ficares com outro, não conte-me.
- Pare de bobeira. Enquanto eu estiver com você, será só com você.
- Assim espero. Me abraça?”
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