Mais uma vez, mais uma madrugada. Estou sentado em frente a
minha escrivaninha, olhando a chuva cair, pingos pequenos e bastante molhados.
É Carnaval, chora meu cavaco furado. Enquanto as pessoas estão se divertindo,
na folia, beijando na boca, trepando com a primeira pessoa bonita que aparecer
na frente, eu estou aqui ao lado dos meus livros. Eu já viajei muito, mas ficar
em casa pensando que eu poderia estar em outro lugar, fazendo outras coisas, me
deixa em um estado totalmente inlúcido e ansioso. Ontem eu comecei meu primeiro dia no curso de
italiano. Uma breve introdução: dialectos de cada cidade, como se comportar, o
que dizer e o que não fazer quando se está em território italiano. Achei
tremendamente difícil a estrutura gramatical, o inglês é milhões de anos luz
mais fácil se for comparar. O Italiano mesmo com todas essas peculariedades faz
dele um idioma que tem que ser falado cantando, com gestos, com felicidade e
comida. No Brasil temos um acervo muito pequeno de gramáticas em italianos e
até dicionários, tive muita dificuldade em encontrar algum deles, alguns só
comprarei quando for a Roma. No curso de hotelaria de hoje, aprendemos a
diferenciar os diversos tipos de meios de hospedagem, coisas pequenas e às
vezes até invisível em um primeiro momento de se diferenciar. Aula produtiva.
Tivemos grandes elogios e até um comentário bem amável de nossa companheira
psicóloga, elogiando-nos pelo nosso grupo unido, com muita informação e
interação. Finalmente as estrelas estão começando a dispersar seu auto-brilho.
Cada dia mais eu fico mais amigo de minha professora de italiano, Juliana.
Pessoa espetacular, com muita bagagem em sua mala tanto de vivências como de
trabalho, casada e mãe de dois filhos, dois bambino. Afinidade é uma questão
que não se discute, ou “bate ou não bate”. Tivemos o nosso momento
“coffe-break” e conversamos mais sobre o povo italiano e algumas pronuncias de
palavras que eu tentava treinar. Para terminar, tive minha reposição de HTML (estou
fazendo um curso de web design também). Ou seja, a vida de adulto finalmente
começou, e sem tempo para nada: “no time, no love, no out of the focus”. È bem
difícil seguir esse lema, mas sei que o meu futuro depende dessa minha base de
hoje, eu tenho que construí-la e sei que não estou sozinho nessa. O Carnaval
não irá me pertencer nesse grande feriado que está por vir. Não sei se fico
triste ou alegre. Conseqüências. Durmo coberto de frio, abraçado com a solidão,
observado pela a angústia.
"Então você escreve por reconhecimento interior e externo mundano, compartilhamento de informações seja por vontade, seja por carência. Escreve, pois precisa ter alguém nem que seja sua mãe para ler suas anedotas, escreve, pois é algo que você nunca sentiu prazer e excitação e agora, sem explicar o porquê sente-se completamente feliz, como se fosse o seu momento,escreve porque as palavras brotam de sua mente sem explicação."
domingo, 6 de março de 2011
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