Acabo de assistir “amor à distancia”. Chego a
uma conclusão que a minha nova maneira de gostar está se tornando, ao mesmo tempo
madura, uma nova chance de me achar interiormente a cada segundo. Não estou separado
de quem eu gosto pelas milhas de distancias entre cidades ou fusos horários absurdos
e caóticos, entretanto, fico separado pela vida adulta que cada um acabara de
começar. É estranho sair de uma fase onde o amor podia ser encontrado todo dia,
andar pelas ruas de mãos dadas no decorrer de algumas horas ou simplesmente ter
um tempo à toa. O amor antigo tinha mais possibilidades, mais acontecimentos,
mais magia. Hoje temos que arranjar tempo para nos ver, fazer ligações quando
não for atrapalhar um ao outro, ser compreensível e tentar acreditar ao máximo em
todas as palavras pronunciadas pela boca que você tanto gosta de beijar, mas que
está longe de você. Não digo que não a vejo, estaria sendo até egoísta, mas
quando gostamos, queremos a pessoa a todo tempo, ligar quando dá vontade, estar
presente para presenciar aquele sorriso que tanto gosta. O que seria de mim sem
o celular? Sem as mensagens para impor minha presença? Esse amor adulto
golpeia-me e faz-me mudar a cada nova hora do dia. O pensamento só nela, os
livros para serem lidos, as noites sem o carinho, sem ela deitada em meu peito
como um cachorrinho ao avistar um cobertor que já se atiça e tenta arranjar um
espaço bem colado ao seu corpo. Eu sinto sua falta, amor. Ainda tenho que
superar 3 meses assim. Eu estudando todo o dia inglês e italiano e você já na
faculdade e trabalhando. Antes, eu sempre era o mais maduro, o de mais experiência.
Hoje, eu tenho medo de perdê-la por causa disso. A saudade machuca cada pedaço
de meu corpo. Doravante a isso, eu estou sendo feliz como nunca acreditei que
pudesse ser novamente. Eu enfrento a distancia para poder passar cada pequeno
momento com você no intervalo de nossas vidas corridas. A minha atenção, o meu
carinho, o meu eu são seu. Eu vou continuar aqui, enquanto me fizeres sorrir. E
quanto a distancia, ela vai continuar ensinando-me como a vida realmente é,
como os planos deverão ser seguidos e como/quando os encontros serão planejados. Cada
minuto é muito tempo quando estamos longe de quem gostamos. Cada tempo é muito
pouco tempo quando estamos pertos. O jeito é amar.
"Então você escreve por reconhecimento interior e externo mundano, compartilhamento de informações seja por vontade, seja por carência. Escreve, pois precisa ter alguém nem que seja sua mãe para ler suas anedotas, escreve, pois é algo que você nunca sentiu prazer e excitação e agora, sem explicar o porquê sente-se completamente feliz, como se fosse o seu momento,escreve porque as palavras brotam de sua mente sem explicação."
sábado, 26 de março de 2011
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