sábado, 5 de março de 2011

A fazenda, a minha fazenda.


Na minha fazenda eu vivo tranqüilo. No quintal ouço pássaros gorjeando ou cantando verdadeiras melodias que tanto agradam aos meus tampões auditivos, o vento balança as flores que um dia fora plantadas nessa terra onde possuem palmeiras e sabiás. Eu não vejo concreto, asfalto ou ilhas de calor.Eu vejo lama, frente fria, e uma chaleira com água fervendo destinado ao café da tarde. Não digo que é perfeito, pois estragaria o adjetivo inalcançável que minha mente procurou achar. A chuva cai em meu colchão, molha a tela do computador, meu cachorro pede carinho. Paciência, calmaria, bolo no forno. A lama lá fora mostra como a madrugada foi proveitosa, com seu céu cor de laranja ao horizonte distante pode produzir o orvalho pela manhã, entrando em cada raiz das plantas, renovando-as e fazendo-as sentirem melhor. O meu colchão não me deixa dormir, ele não entende porque meus olhos precisam estar fechados enquanto o mundo lá fora é vivido. A televisão não é ligada o dia inteiro, temos diálogo. A mesa de baralho ou de sínica são os nossos “happy hours” englobados por um radinho tocando “o som do barzinho” e suas raríssimas melodias que possuíam letra. Meu Coração de papel eu entreguei a uma Dona, como Castigo eu tive que dizer Como é grande é o meu amor por você Quando eu olhei aquela Espanhola de relance naquela Tarde em Itapuã. A palavra nada é a minha preferida hoje. Não quero fazer nada, não quero pensar em nada e não pretendo sair daqui para nada. Eu tenho tudo, a terra me garante isso. Na capela moderna modelo antiga, eu encontro a minha paz. Eu não sei o que falar, apenas digo o que vêem em minha cabeça, se não quero que as outras pessoas escutem eu rezo em Inglês. Ao luar, com estrelas a iluminar, eu conto a minha vida a alguém que não sei o nome. Reflito o meu passado, cortejo meu presente e traço meu futuro. Desejando acreditar que tudo que saia de minha boca fosse verdade. Na minha fazenda só não tem o meu amor, seria pedir demais. Sinto que você é ligado a mim, e sempre que estou indo volto atrás. Para que ser triste? Eu fico com as resposta das crianças: a vida é linda, é bonita e é bonita. Se todos pudessem viver cada dia em uma fazenda, desejariam viver mais, ganhariam o Oscar de suas vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário