domingo, 27 de janeiro de 2013

"Santa Maria, Rio Grande do Sul em 27 de Janeiro de 2013: a batalha dos 245 em meio às chamas de um inconseqüente.

Não tem como se vincular, hoje, em uma rede social, televisão, rádio e não se deparar com a terrível notícia em nossa região sulista de nosso Brasil. Em meio a madrugada, pelas 02h da manhã, pais dormindo tranquilos ou preocupados, enquanto seus jovens, de 18 a 22 anos em sua maioria, são mortos queimados, pisoteados, asfixiados por um incêndio em uma boate em RS. O motivo ainda não é corroborado veementemente, mas tudo indica que foi provocado por um integrante da banda que se apresentava no local ao ascender um sinalizador e que este, por sua vez, acabou atingindo o teto junto com a acústica revestida do local. O que leva uma pessoa a fazer isso? Festa, diversão, efeitos abalados por bebidas ou narcóticos? Se nem cigarros podem ser acesos em locais fechados, quanto mais um sinalizador! Começou toda a multidão procurando a saída, porém esses jovens se esqueceram de se aludir que havia apenas uma única porta de saída, a qual estava trancada. O refúgio foi os banheiros onde pensavam que encontrariam a luz da rua. Encontraram foi a luz no fim do túnel mesmo. Com toda a confusão, a gritaria, na porta principal encontraram seguranças, formados em barreiras, impedindo suas saídas. Queriam a comanda PAGA para a liberação! Eu lhes pergunto ... São seres humanos esses seguranças? Queriam, naquele momento, mostrar seus serviços e funções que uma mera relação contratual os incubiu? O príncipo a vida foi, infelizmente, mitigado pelo princípio a ganância numérica de uma relação de consumo! Os poucos que conseguiram sair, pediram socorro e foram ao mesmo tempo heróis e sobreviventes. Bombeiros e pessoas comuns, unidos, para resgatar quem poderia sobreviver a tragédia sem tamanho. Muitas pessoas estavam junto a porta principal, mortas, e outras quase morrendo por toda a boate. Uma verdadeira prova de fogo contra o tempo. 245 mortes até agora, uma multidão para o reconhecimento cadavérico, junto a choros e indignações. Ainda não há inquéritos abertos e muito menos processos, mas a indignação em corações de muitos ganham poder a cada lágrima que vemos. Não sou jornalista, muito menos um detetive, mas espero que o dono da boate tenha o mínimo de dignidade em se responsabilizar, que os seguranças contratados sofram de remorso em suas celas junto ao seu tratamento psiquiátrico para saber lidar com a sua falta de humanidade e que Deus possa confortar as famílias de cada pessoa que estava ali por diversão. Cumprindo seu papel de ser jovem e que não tinham a mínima intenção de ter a sua vela da vida apagada por uma chama ainda maior! Meus sinceros pêsames e conforto aos corações que ainda batem por aqueles que se foram." (Arthur Kaiser)