domingo, 20 de março de 2011

Dia de Caos, Dia do niver da Best, Dia de maluco.


Sabe aquele dia que você pega uma fotografia e fala: “- Que dia foi aquele, maluco? Meu Deus!” Eu quero mais essa adrenalina para minha vida, esses risos como lembranças e surpresas como essas para contar para os meus filhos. Hoje foi o dia que eu queria sumir, de presente, ganhei quase o meu coração jogado para fora de meu corpo. Eu briguei com tudo e todos. Tudo estava dando errado. Como pode eu ser tão “cuspido” assim? Na boa, devo ter transado com a Branca de Neve e acabado com a felicidade virgem que ela tinha perante as crianças pequenas, só pode. Por segundos, pensei em arrumar a minha mala e ir ganhar a vida em outro lugar. Por sorte, eu tenho a melhor amiga de todas. Ela liga no meio da tarde, disfarço a voz de choro. Não tive coragem de desmarcar, eu sou um ator ao final de tudo. Chego na cara mais dura em uma festa surpresa onde a aniversariante sabia que não era surpresa, bacana não? Ah, a Jê estava linda e radiante, lépida e saltitante. No começo, me contive. Família americana, tradicionais ao extremo. Não posso chegar com o jeito quente de um país tropical na terra do tio Sã, né? Um pequeno debate sobre “Qual é o seu momento?”. Eu olho para a Jê, assustado, foi quase uma palestra que eu precisava ouvir. O pai de minha amiga sempre tão sério, quando começou a falar, tornou-se um amigo. Incrível o poder das palavras. Eu me senti em casa. Não fui o anti-social. “Os que não valem nada se atraem” entrou em ação. Conheço duas amigas da Jenny. Não teve outra, só sabíamos rir, contar velhas piadas externas ou internas (“- Olha a Classe (....)” – comendo cachorro quente). Para descontrair, velhas brincadeiras americanas, não que elas sejam propriamente americanas, mas sim, o costume de juntar a família e brincar juntos. No fundo, eu senti um pouco de inveja branca. Não tinha visto uma família tão unida, comemorando o aniversário de sua filha querida que fazia 22 anos. A família unida e estruturada, pelo menos aos olhos externos, mesmo contendo dificuldades e problemas, não deixa de se divertir unidos. O medo de conhecer a família da Jenny foi transformado em admiração. Para acabar com todo esse lado família, nossas travessuras não poderiam faltar. Depois de se despedir de todos, indo para casa, resolvemos passar em local onde dava para ver a lua nítida e as estrelas fulgurando. As meninas se encantaram. Eu e Jenny estávamos ali pela segunda vez selando nosso laço de amizade. Tudo muito lindo, tudo muito “guicci gucci”. No final da noite, um carro subia a rua, entramos no carro a tempo. Duas piscadas de farol e perseguição. Need for speed no ar, velozes e furiosos em acção. Não tínhamos noção do que fizemos. Estávamos em um “pega”, já era tarde para dar bandeira branca. Correndo por entre barreiras e esquinas fechadas, subindo morros, desviando de obstáculos. Uma sacada de mestre, o golpe final. Estávamos sem o que falar, sem entender o que aconteceu, os méritos a motorista aniversariante. Voltamos sem os nossos corações para casa, com adrenalina em nossas veias bloqueando nosso sono, porém será a noite que eu vou lembrar para sempre. Com certeza, meus filhos saberão dessa história “22” e em encontros amigáveis ela será eternizada por nossas emoções sentidas. Eu quero mais disso. Obrigado juventude!     




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