"- Mas hoje já é segunda-feira ?
- Não é uma segunda-feira qualquer. É segunda de carnaval."
Eu que pensava que passaria meu carnaval vendo os desfiles
das escolas de samba na t.v, tomando um leite gelado, com cobertor nos joelhos.
A mesma família do ano novo foi a mesma do carnaval. Minha prima possui uma
casa em um bairro próximo, fácil e cômodo acesso. Aniversário, docinhos,
churrasco e marchinhas. Eu, como um jovem ainda (mesmo não tendo aparência),
não iria aceitar ou gostar do ambiente, afinal isso tudo é para os “veios”. Eu
me diverti. Em uma casa que você tem uma ótima recepção, boa comida, boa
companhia, boas pessoas, torna-se o lugar mais agradável de festejar do que nas
ruas. Eu sempre fui muito caseiro, passar o carnaval pulando igual um maluco na
praia do Anil ou passar em casa era sempre a mesma bosta. Todas as famílias com
seus problemas, fofocas ao forno. Somos todos debochados, orelhas e cabeças
foram ardidas e cortadas. Eu olhava cada pessoa, a alegria de uma simples festa
e guardava em meu coração. Pensava em cada viagem que já fiz e irei fazer e
fico pensando se esses momentos serão bons ou ruins de serem lembrados: bons,
pois me sentirei mais perto deles, irei rir de nossas bobagens sentado em algum
píer de um lago, irei ver o quanto amo cada um, o ruim é que a saudade irá
apertar e as preocupações surgiram. Comendo, jogando buraco, rindo, eu estava
ali naquilo tudo. Uma ex podia estar em Salvador, mas garanto que não me
invejou em nada, meu carnaval família estava sendo proveitoso. Fico botando a
conversa em dia com a Jenny, sozinhos em pleno carnaval, vida cruel, vida
tirana. Mas tudo ao seu tempo, foco. Olhando pelo lado bom, não pegarei nenhum
sapinho ou DST. Bom carnaval a todos!
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