quinta-feira, 31 de março de 2011

Eu apenas queria (...)

Eu não posso afirmar que irei te esquecer quando olhar para o próximo dia de lua cheia, não posso também dizer que você não foi especial, também não quero pensar que eu não soube lidar com toda a situação. Apenas digo que há impossibilidades no mundo, e isso já me basta para não me auto-recriminar. A propósito, Boa tarde! (Arthur Kaiser)
 
Sabe o que eu realmente queria? Você. Mas não a pessoa que realmente és, eu quero a pessoa que existe dentro de você, em algum lugar. Eu queria pegar o meu celular agora, escriturar palavras de amor como aquelas encontradas em pergaminhos antigos ou em bilhetes de um velho casal romântico. Eu poderia ver qual seria a sua recompensa, se o tempo não tivesse passado. Ouvir sua voz, aquela mesma voz que acalma e cria inseguranças. Por que eu não acredito em você? Minha melhor amiga diz que insegurança é normal. Eu não acredito no que dizes porque suas palavras não correspondem com seus actos, seu carinho, muito das vezes vago, parece artificial ou o seu olhar distante faz-me debruçar em meus travesseiros e pensar sobre o poder que suas reações me afetam. Eu não consigo ler seus pensamentos, não decifro suas mensagens oculares, seu carinho tateável, suas palavras muito bem escritas em mensagens. Eu sou ótimo em decifrar mensagens subliminares e mensagem corporal, com você eu não consigo prever nem o que você irá falar e muito menos como irá reagir. Eu queria que você falasse tudo que está sentindo, que nossas conversas se prolongassem, que um dia poderemos fugir para um lugar que será só nosso. Eu troquei todas por você, não só de encontros, também aquelas que poderiam dar algum futuro. Os meus maiores defeitos se concretizaram: esperar que os outros fizessem aquilo que eu faria, criar expectativas no começo, gostar demais. Se eu mudasse isso em mim, eu não teria gostado tanto de você, mesmo que isto tenha se realizado tão rapidamente. Se eu sinto ciúmes é porque eu gosto, se eu ligo é porque eu também gosto que me liguem, se hoje eu falo o que sinto, eu espero o mínimo de respeito e reciprocidade. Eu não sou perfeito, minhas asas quebraram-se na segunda chuva de verão de 1992. O mais engraçado é que eu ainda espero o telefone tocar ou uma surpresa acontecer. Com você, eu acho que eu não consegui tirar uma verdade se quer. Você foi uma pessoa diferente do que realmente és? Qual era o seu objetivo? Eu voltei para a musculação por sua causa e consegui um avanço extraordinário de nível no meu inglês, obrigado alma-gêmea. Mesmo sem conhecer se você gosta de arroz e feijão, se gosta de calor ou frio, se prefere praia ou montanha, eu gostei de te conhecer. A realidade ainda não caiu, eu vou sentir saudade do nosso momento. Espero que saiba que eu prefiro ver você assim, como uma lembrança boa de um passado importante do que uma breve brisa de frente-fria. “Good evening”, meu bebe.

terça-feira, 29 de março de 2011

Será que aquele dia chega?

“O bom de um dia ensolarado, é que você compreende que a tempestade do ontem foi apenas uma chuva de verão. E que no futuro existe dias melhores, aquele dia depois de amanhã, sabe qual?” (Arthur Kaiser)

É minha gente, o tempo acabou, times up, game over, next. Toda aquela paixão momentânea se foi, com ela todo o amor que poderia acontecer. Não digo que me precipitei ao máximo, mas sei que vivi muito rápido o que poderia ter-se desenrolado por alguns meses. Com toda a minha insegurança inicial, que para muitos, é sinal de paixão, eu quis reverte-la em compreensão. Mas toda corda tem dois lados, se você a puxa mais para um lado, o outro logicamente fica mais fragilizado, comigo não poderia ser diferente. Ao mesmo tempo em que fui muito maduro, eu tornei-me mais vulnerável, mais atencioso, mais carente do que o normal. Eu falei sobre traição bem no começo, falei como a ausência machucava cada noite com as chuvas de outono em minha sacada, falei sobre como ela foi importante por ter tido o privilégio de ter conhecido o meu tesouro mais belo e lapidado. Não me arrependo de ter feito isso, eu senti que você era realmente especial. Eu passei por cima de fofocas, de sentimentos maquiavélicos juvenis, de falta de telefonemas, só não passei por cima de meu caráter. Depois de ter visto o filme “a verdade nua e crua”, eu não quis me transformar em um fantoche de um falso Arthur (como a protagonista se transformou em um fantoche de mulher perfeita pelo seu futuro amor), eu apenas quis ser eu,eu apenas quis amadurecer ao seu lado. Entretanto, eu não soube te olhar. Eu fui egocêntrico e carente em abundância. Não tenho o direito de roubar a sua liberdade e muito menos exigir atenção de você, que eu apenas conheço a uma semana. Desculpe-me. Foi complicado ouvir um “Sim” ao namoro e um “Não” para minha presença. “Isso também passará”: sempre falei isso em momentos ruins e sempre falarei. Eu vou perder uma pessoa que eu gostava de estar junto, mesmo não tendo muitas conversas, mesmo possuindo mundos diferentes (tanto sociais, financeiros e família), mesmo tendo sempre um pé atrás em tudo que era falado. Por que eu sou assim? Não sei. Talvez venha aquela velha frase: “Eu não nasci para o amor. Vou me cortar!” Levo em consideração, hoje, que não era o momento, eu preciso de um momento de maior descobrimento e realização, e não de uma pessoa para estar 24 horas em minha mente ou não possuir concentração para ler, apenas porque eu não recebi a ligação esperada. Ser jovem é também ser assim: amar em um dia, gostar no dia seguinte e no outro dia apenas olhar para trás e falar: “Eu vivi. Agora passou. A vida continua. Quem vem, vem!” Hoje eu vou dormir sozinho, aliás estou sozinho, mas quem foi que disse que na vida de adulto você terá sempre alguém ao seu lado? Ironia de vida e pensamento. 



sábado, 26 de março de 2011

Amor à distancia: o meu amor de adulto.

Acabo de assistir “amor à distancia”. Chego a uma conclusão que a minha nova maneira de gostar está se tornando, ao mesmo tempo madura, uma nova chance de me achar interiormente a cada segundo. Não estou separado de quem eu gosto pelas milhas de distancias entre cidades ou fusos horários absurdos e caóticos, entretanto, fico separado pela vida adulta que cada um acabara de começar. É estranho sair de uma fase onde o amor podia ser encontrado todo dia, andar pelas ruas de mãos dadas no decorrer de algumas horas ou simplesmente ter um tempo à toa. O amor antigo tinha mais possibilidades, mais acontecimentos, mais magia. Hoje temos que arranjar tempo para nos ver, fazer ligações quando não for atrapalhar um ao outro, ser compreensível e tentar acreditar ao máximo em todas as palavras pronunciadas pela boca que você tanto gosta de beijar, mas que está longe de você. Não digo que não a vejo, estaria sendo até egoísta, mas quando gostamos, queremos a pessoa a todo tempo, ligar quando dá vontade, estar presente para presenciar aquele sorriso que tanto gosta. O que seria de mim sem o celular? Sem as mensagens para impor minha presença? Esse amor adulto golpeia-me e faz-me mudar a cada nova hora do dia. O pensamento só nela, os livros para serem lidos, as noites sem o carinho, sem ela deitada em meu peito como um cachorrinho ao avistar um cobertor que já se atiça e tenta arranjar um espaço bem colado ao seu corpo. Eu sinto sua falta, amor. Ainda tenho que superar 3 meses assim. Eu estudando todo o dia inglês e italiano e você já na faculdade e trabalhando. Antes, eu sempre era o mais maduro, o de mais experiência. Hoje, eu tenho medo de perdê-la por causa disso. A saudade machuca cada pedaço de meu corpo. Doravante a isso, eu estou sendo feliz como nunca acreditei que pudesse ser novamente. Eu enfrento a distancia para poder passar cada pequeno momento com você no intervalo de nossas vidas corridas. A minha atenção, o meu carinho, o meu eu são seu. Eu vou continuar aqui, enquanto me fizeres sorrir. E quanto a distancia, ela vai continuar ensinando-me como a vida realmente é, como os planos deverão ser seguidos e como/quando os encontros serão planejados. Cada minuto é muito tempo quando estamos longe de quem gostamos. Cada tempo é muito pouco tempo quando estamos pertos. O jeito é amar.

A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande. (Roger Bussy)


sexta-feira, 25 de março de 2011

O tempo entre dois tempos.


Uma das coisas que mais estou aprendendo nessa semana, que está acabando de voar, é ter compreensão e paciência. Afinal, ninguém gosta de esperar e ninguém gosta de entender a vida do outro. O que fazer se a pessoa fala que irá te ligar mais tarde e não liga? Você vai se cortar e se afundar em um copo de coca-cola diet cantando aos berros “Estoy aqui” da nossa cigana Shakira loka loka? Há algum meses atrás, se acontecesse isso comigo, eu ficaria muito nervoso, meteria os pés pela mão e com certeza, decapitaria todo o possível relacionamento que poderia acontecer. Não entendemos que existe uma linha paralela entre a nossa vida e a vida da outra pessoa. Se não respeitarmos os limites de cada um, o equilíbrio irá se romper. Eu tenho a minha vida e ela tem a dela. Se ela não ligar para dar boa noite, eu relevo, pois ela ligara quando estava saindo da faculdade. Antes pouco do que nada. Se esse não é seu contentamento, você tem o direito de ficar calado. Você espera a ligação até a hora que vai dormir e isso não aconteceu? Talvez ela deva estar muito cansada ou simplesmente esqueceu-se. Se quando até a sua melhor amiga liga-te de manhã e fala que irá retornar a noite e isso não acontece, você releva, por que não fazer isso com a pessoa que você está gostando? Paranóia, medo, insegurança, a porta da rua imunda é serventia da casa para vocês. Eu posso estar sendo enganado, eu posso estar indo rápido demais, posso até me ferrar, mas sei que estou sendo o mais maduro que já fui na vida. Eu poderia simplesmente ligar para as “estepes”, com certeza, amanhã alguma estaria de bobeira. É realmente isso que eu quero? Se eu tanto desejei sentir toda essa paixão novamente, vale realmente à pena trocar tudo isso, por uma simples saída de horas? Não sou exemplo para nada, mas sei que isso seria uma parada desagradável nesse caminho que estou seguindo junto a segunda chance de gostar de alguém novamente. Maturidade, fidelidade e confiança. Essas questões de caráter que eu tanto zelo, não podem ser mantidas, se não há o respeito entre os tempos. O meu tempo e o dela. 


terça-feira, 22 de março de 2011

A verdade nua e crua: o outro dia.

“É preciso amar direito. Um amor de qualquer jeito. Ser amor a qualquer hora. Ser amor de corpo inteiro. Um amor de dentro prá fora. Um amor que eu desconheço.” (Amor maior – Jota Quest).

Se amar é para os fortes, gostar é para os invencíveis. O que deves fazer, o que não deves. Demonstrar um pouco e ficar vulnerável ou torna-se um galinha de coração gelado.  Falar se realmente gostou do encontro, ou deixar a ratificação no ar e esperar que a pessoa entenda. Ligar no dia seguinte ou ligar no próprio dia apenas para demonstrar que quer aquela pessoa em sua mão. Ser carinhoso e consequentemente carente de afecto ou ser aquele que apenas gosta de receber, demonstrando todo o seu egoísmo. As perguntas estão aí. Psicólogos, amigos, poetas, conseguem entender essa façanha do “gostar”?

1) Arthur, você não deve demonstrar que gostou e nem que desejas ver rápido essa pessoa.
Certo, eu não devo demonstrar pois deixarei a mostra tudo que eu senti e tudo que eu vivi dentro de mim. Mas há de se concordar que se você não demonstrar também, as portas abrem-se para a concorrência (nos dias de hoje é o que não falta, bela de uma putaria lá fora), perde-se a audiência e no final da história você dança, se bobear ainda sai sendo um “fura fronha” (corno).
 
2) “Estou com saudade, amor”.
Mais uma frase que está se ratificando como uma saudação. Botam a saudade onde ela não se encontra, onde foi encaixada no espaço de um silêncio. “– Mas a saudade tem que existir no primeiro momento antes do namoro”. Concordo que ela tem que existir, até concordo que ela deixa o próximo encontro ainda mais completo, o problema está quando essa saudade torna-se sinônimo de ausência. Estar do lado de quem se gosta não deixa que a insegurança, as dúvidas que sempre rodeiam seu dia, transformar você mesmo em um pote ou mesmo ser rebaixado por estar sendo pisado, pelo menos na sua concepção.

3) “Você tem que pisar, para assim, a pessoa gamar”
Fico até assustado em como essa afirmação que dá certo. Qual é o problema das pessoas de hoje em dia que recebem amor, atenção, carinho? É errado torna-se esses sentimentos bons em atos? Chega até ser uma antítese da vida. Você demora a encontrar a pessoa certa, está completamente sem paciência com as erradas, não está mais a procura de “blind date” ou sexo casual, aí quando você conhece aquela pessoa que faz seu coração bater mais forte, você deve tratá-la como um nada, torna-se uma pessoa com agenda difícil para não atender os telefonemas ou recusar convites e até mesmo ser monossilábica, coisa que você nunca foi.

Amar é complicado, vida de solteiro é um paraíso que quase sempre queremos nos abdicar e o equilíbrio, é melhor nem falar, ele se encontra em algum lugar. A verdade muita das vezes servida crua pode ser cruel no começo, mas você sempre pode esquentá-la com outra pessoa, deixando-a assim, menos fria. Wise up!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Outono: Volta ás aulas de meu coração.


“- Quantas pessoas você matou, Arthur?   - Como assim?   - Para estar solteiro, você deve ter praticado algum crime. Só pode.”

Oi coração. Seja bem vindo de volta. Suas férias foram demoradas, não?. Senti saudade dessa paixão que habita em ti. Não sei bem como descrever, não sei por onde começar. Minha alma quer fazer poemas, meu corpo deseja liberta-se com um grito, meu coração bombeia partículas que apenas são liberadas quando gosto de uma pessoa realmente. Desculpe-me, eu sou assim. Eu tenho o amor à primeira vista. Saindo de casa, atrasado, pensando que seria apenas mais um “blind date”, retorno a mesma cantando canções de amor como um velho boêmio. Quando a encontrei, eu apenas sorri. Seria muito para o meu caminhãozinho? Eu dou duas viagens se preciso, sou esperto. Com todos os problemas passados e já superados, eu perdi parte de minha confiança em mim mesmo. Eu tento recuperá-la a cada dia, hoje eu a tive por completa em alguns momentos. Indiretas, medo e um pulo na água, eu queria me molhar mesmo. Havia dois anos que eu não levava alguém para aquele lugar, o meu lugar com o meu antigo amor. Seria eu um maluco por estar levando uma nova pessoa para o lugar que um dia foi de outra? Não. Eu queria apenas preservar e reviver tudo o que foi bom aquela vez, mas agora, com outra pessoa e um novo Arthur. Uma segunda chance ganhada na mega sena do amor. Eu aprendi a agarrar brutalmente essa dávida de destino. Não me iluda.A cada vez que olhava em seus olhos, a única coisa que eu queria saber era no que estavas pensando. Não me acorde desse sonho. Se posso sonhar e ter expectativas, não me acorde agora, assim minha realidade não virará meu maior pesadelo. Eu não fui um ator, mas ganharia o Oscar por ter sido tão sincero em tudo que eu falei e em todas as atitudes que tomei. Minhas inseguranças ainda existem, eu quero continuar a domá-las. A sua educação realmente me encantou. Por onde cavalgavas minha bela donzela que nunca chegava até a minha sacada? Eu não tive necessidade absurda de sexo, eu tive necessidade de estar com você abraçado, naquele lugar, revivendo o meu passado e demonstrando um Arthur que não existe na vida real. O Arthur que só se encontra quando a luz está apagada, a luminária ligada, o ventilador na cara, e o computador sendo usado para escrever. Eu gostei de te conhecer, eu não queria ir embora. A saudade vai ficar, o telefonema eu vou sempre esperar e a etapa “amar”, talvez e finalmente, começará.

“ – Não esqueça-me.
  -  Nem por um momento.
  - Se amanhã ficares com outro, não conte-me.
  - Pare de bobeira. Enquanto eu estiver com você, será só com você.
  - Assim espero. Me abraça?”
       

domingo, 20 de março de 2011

Dia de Caos, Dia do niver da Best, Dia de maluco.


Sabe aquele dia que você pega uma fotografia e fala: “- Que dia foi aquele, maluco? Meu Deus!” Eu quero mais essa adrenalina para minha vida, esses risos como lembranças e surpresas como essas para contar para os meus filhos. Hoje foi o dia que eu queria sumir, de presente, ganhei quase o meu coração jogado para fora de meu corpo. Eu briguei com tudo e todos. Tudo estava dando errado. Como pode eu ser tão “cuspido” assim? Na boa, devo ter transado com a Branca de Neve e acabado com a felicidade virgem que ela tinha perante as crianças pequenas, só pode. Por segundos, pensei em arrumar a minha mala e ir ganhar a vida em outro lugar. Por sorte, eu tenho a melhor amiga de todas. Ela liga no meio da tarde, disfarço a voz de choro. Não tive coragem de desmarcar, eu sou um ator ao final de tudo. Chego na cara mais dura em uma festa surpresa onde a aniversariante sabia que não era surpresa, bacana não? Ah, a Jê estava linda e radiante, lépida e saltitante. No começo, me contive. Família americana, tradicionais ao extremo. Não posso chegar com o jeito quente de um país tropical na terra do tio Sã, né? Um pequeno debate sobre “Qual é o seu momento?”. Eu olho para a Jê, assustado, foi quase uma palestra que eu precisava ouvir. O pai de minha amiga sempre tão sério, quando começou a falar, tornou-se um amigo. Incrível o poder das palavras. Eu me senti em casa. Não fui o anti-social. “Os que não valem nada se atraem” entrou em ação. Conheço duas amigas da Jenny. Não teve outra, só sabíamos rir, contar velhas piadas externas ou internas (“- Olha a Classe (....)” – comendo cachorro quente). Para descontrair, velhas brincadeiras americanas, não que elas sejam propriamente americanas, mas sim, o costume de juntar a família e brincar juntos. No fundo, eu senti um pouco de inveja branca. Não tinha visto uma família tão unida, comemorando o aniversário de sua filha querida que fazia 22 anos. A família unida e estruturada, pelo menos aos olhos externos, mesmo contendo dificuldades e problemas, não deixa de se divertir unidos. O medo de conhecer a família da Jenny foi transformado em admiração. Para acabar com todo esse lado família, nossas travessuras não poderiam faltar. Depois de se despedir de todos, indo para casa, resolvemos passar em local onde dava para ver a lua nítida e as estrelas fulgurando. As meninas se encantaram. Eu e Jenny estávamos ali pela segunda vez selando nosso laço de amizade. Tudo muito lindo, tudo muito “guicci gucci”. No final da noite, um carro subia a rua, entramos no carro a tempo. Duas piscadas de farol e perseguição. Need for speed no ar, velozes e furiosos em acção. Não tínhamos noção do que fizemos. Estávamos em um “pega”, já era tarde para dar bandeira branca. Correndo por entre barreiras e esquinas fechadas, subindo morros, desviando de obstáculos. Uma sacada de mestre, o golpe final. Estávamos sem o que falar, sem entender o que aconteceu, os méritos a motorista aniversariante. Voltamos sem os nossos corações para casa, com adrenalina em nossas veias bloqueando nosso sono, porém será a noite que eu vou lembrar para sempre. Com certeza, meus filhos saberão dessa história “22” e em encontros amigáveis ela será eternizada por nossas emoções sentidas. Eu quero mais disso. Obrigado juventude!     




sábado, 19 de março de 2011

Carta para uma gueixa.


Minha Honey J, minha Jê, Minha soul sister, Minha sis,

Mais um ano chega. É hora de assoprar a velinha da maturidade e fazer o desejo de princesa dos 15 anos. Quando olho para você hoje, eu vejo que a “criança” que eu vi crescer em dois anos, não é mais a mesma. Eu ainda gosto daquele sorriso, daquela foto, daquele sorriso jovem que você tinha. Jovem, algo que nunca deixaremos de ser. Eu não imagino a nossa amizade, sem aquele começo de mau entendimento. Você era a pessoa mais desprezível para mim, aquela fútil que eu nunca teria coragem de me sentar à mesa. Hoje, você é uma das pessoas mais importantes e necessárias em minha vida. O que seria de mim sem as nossas aulas no “advanced II” aprendendo “report speech” da maneira mais louca, “fofocadora” e alegre possível? Ali eu conheci o casulo de Jenny Thuler. A pessoa que se acha uma incógnita para muitos, um pleonasmo para alguns, uma hipérbole para alguns poucos, e um eufemismo para mim. A imagem de uma gueixa no espelho. Aquela bem branca como a neve, delicada como uma peça da dinastia Ming, mais sincera que um coice de cavalo. Eu sabia que por trás daquela pessoa que escondia seu rosto através de suas máscaras pessoais e interior, como uma atriz em um palco de teatro, eu queria conhecer aquela que se encontrava atrás do palco dessa tão vivencia. Você tornou-se a minha rotina, minha doce gueixa.  Desde meus ensinamentos psicológicos amorosos, as madrugadas jogando conversas fora, os almoços no sábado antes do meu curso, você vem se tornando especial. Eu abri o meu coração, eu abri a minha casa a você. Os momentos em uma Aldeia, ou talvez sentados no sofá de uma sala, ou ainda em uma mesa de cozinha, nós estávamos ali, juntos. Nós e nossos segredos. Com você eu conheci as estrelas mais límpidas, as quais meus olhos fulguraram devido a tanta intensidade de emoção e cumplicidade de uma grande amizade. Hoje, tentaria dar a flor mais garrida que eu encontrasse em um jardim resplendor, o chocolate mais saboroso, a jóia coração do oceano. Hoje, eu tentaria dar todo o valor que mereces, o sorriso que precisas para que seu dia seja perfeito, daria toda a segurança que precisas para que você mantenha-se de pé sempre, seja ao meu lado, ou enfrentando esse mundo de adultos que nos cerca.  Eu te ofereço minha amizade mais sincera, o meu companheirismo, uma parte de meu coração. Você me cativou, obrigado por ser essa amiga que eu sempre procurava através de suas camadas. Você vai ser para sempre, a minha consciência. Eu amo você, baby baby. (Arthur Kaiser)