Acabou-se o que era doce e que balançava. Eu não resisti a
todo aquele mundo que esta experiência me trouxe, eu me atirei. Quando você tem
pensamento positivo e ânimo desde o primeiro momento em alguma coisa, tudo isso
dá certo. Quando eu entrei no navio eu disse: “- Este será o meu teenage
dream. Que tudo que tenha que acontecer, aconteça!” Minha cabine, meus
professores, pessoas desconhecidas. Eu não trocava a minha cama por nada a
noite, meus professores eram cada pessoa com quem eu conversava ou com quem eu
interagia e pessoas desconhecidas (o nome já diz tudo, eu não sei se as verei
novamente ou se um dia eu cheguei a realmente ter uma conversa humana com elas
– não estou sendo louco, mas são fatos que não condizem com a realidade, pelo
menos com a minha). Eu me encontrei, achei o que iria ser quando crescer: quero ser
mochileiro, turismólogo, garçom, professor de idiomas (um bico) e o mais
importante, conhecer lugares e pessoas. Eu viajo desde os meus 5 anos de idade
(no trajeto Volta Redonda X Angra dos Reis), como eu não pensei nisso antes?
Medicina sempre foi o sonho de outros, não o meu – talvez no futuro até faça,
mas de hobby. Não quero na beira da morte poder falar: “– Eu não fiz o que eu
queria, eu deixei de viver.” Muitos têm medo da morte, eu tenho medo de não
viver, de não saber viver, de perder o real sentido da vida de novo (se é que
um dia achei). O Costa Fortuna mostrou-me que sei interagir com pessoas (no
final, eu já estava quase um funcionário de lá), que o sonho de muitos, ás
vezes é de poucos. Minha primeira experiência em terras estrangeiras, primeira
vez que andei de metro, primeira vez que tive a minha liberdade. Sei que posso estar sonhando, mas é o que eu
quero hoje – o mundo. Eu encontrei pessoas que pertencem a livros: eu nunca mais
vi aquele senhor que estava no deck 12 pela manhã (“- Meu Sócrates, obrigado
por mostrar que a vida continua mesmo com a morte da pessoa que amamos, que
devemos nos libertar de nós mesmo ás vezes, que você pode fazer o que quiser,
desde que isso não roube a liberdade do outro. Eu sempre vou lembrar da sua
festa de casamento.”), eu encontrei Juliana novamente (A minha Joy, conhecemos
no spinner, conversamos, fizemos academia e depois um breu. Fui encontrá-la no
último dia, eu saindo para o deck da psicina e ela na outra margem com o seu
vestido preto e colar de pérolas, seu sorriso, conversamos, ela voltará para o
Acre um dia. Nunca desejei ter uma
mulher como a desejei. Eu ainda lembro do seu sorriso e do seu amigo pirralho
que se parece demais com um irmão de uma amiga, de uma maneira assustador. Eu
vivi muito nos lugares ao qual visitei, eu comi coisas que não verei no Brasil,
eu mergulhei em águas cristalinas de Santa Catarina, mas tudo isso com uma
pessoa ao meu lado: meu pai. Tentei demonstrar que mudei, que não sou mais uma
criança interesseira, eu sou seu filho. Nunca direi que é um caso perdido, mas
há famílias piores. Queria poder guardar em uma caixa cada recordação, hoje eu
vejo que todo adolescente deve ter um sonho e segui-lo em frente, porque é lá,
que você descobrirá o que fazer quando voltar a sua vida normal. “Arrivederci”
"Então você escreve por reconhecimento interior e externo mundano, compartilhamento de informações seja por vontade, seja por carência. Escreve, pois precisa ter alguém nem que seja sua mãe para ler suas anedotas, escreve, pois é algo que você nunca sentiu prazer e excitação e agora, sem explicar o porquê sente-se completamente feliz, como se fosse o seu momento,escreve porque as palavras brotam de sua mente sem explicação."
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
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Eu estaria sendo falsa com você - o que não é do meu feitio - se eu dissesse que realiza os meus sonhos para o meu melhor amigo vê-lo virando mochileiro e..turismólogo. Eu sinceramente acredito que você tem capacidadee intelectual para ser tanto mais nessa vida. Mas eu realmente, do fundo desse meio coraçao meio mole, meio duro, te apoio no que quer que você ache que precisa fazer da sua vida para ser integralmente feliz. Ser médico? Ser turismologo? Escalar o everest? Ter filhos? Não ter filhos? Quaisquer que sejam as suas decisões, pode ser que não encontre uma Nataly muito prestativa, mas vai sempre encontrar uma amiga compreensiva e de braços esticados para te amparar, seja em um abraço pelas suas conquistas ou um apoio para as derrotas. Espero mesmo que sua vida seja iluminada e repleta de tudo que você deseja que tenha nela. E se for como mochileiro que esses sonhos vão se realizaar..Então que assim seja. (L) Te amo.
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