sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Último dia: Passeio de barco.


 Lagoa azul, Freguesia de Santana, Japariz. Talvez, hoje seja meu último dia aqui na Ilha Grande neste começo de ano. Todos os dias eu fui à praia, todos os dias foram os dias que eu pedi a Deus. Para quem não gostava de tanta praia... eu estou me sentindo como um nativo: sunga a maior parte do dia (o Tarzan, né). É engraçado que antes eu sempre queria ir embora rápido, não gostava do clima, não sabia o que fazer nessa ilha sozinho, eu descobri que não preciso de ninguém para satisfazer meu notório desejo de compainha. O pé de pato é o meu filho agora. A sensação de nadar por toda a praia Preta de ponta a ponta, apenas eu, todo dia ás 5 horas da tarde, é indescritível: era o momento que eu conversava comigo mesmo, era a minha meditação, só que além da mente vagar, exercitava o corpo. Á noite eu peguei toda a lua cheia, aquela sensação que dava vontade de fazer a mesma cena final de Querido John: levantar as mãos ao céu e sentir uma onda percorrer por todo o corpo e botar o polegar em tua direção e ver que a lua nunca será maior que o seu dedo. Lua de amores, a lua que eu te dei. Foi um bom momento para ficar com a família, apreciar pessoas bonitas (o que não falta é isso nessa Bali brasileira) e perceber que é um ótimo lugar para trazer uma pessoa especial e apreciar tudo que a natureza pode te proporcionar, pois isso é individual. O “mato” é igual quintal e bunda, cada um tem o seu e a sua. Hoje pegamos um passeio de barco. A lagoa super azul com seus peixes coloridos e fotos de baixo d’água.  A Freguesia com sua igrejinha e seus pequenos túmulos, ao redor, de pessoas muito antigas (como do ano de 1912, 1923) que já viveram lá e morreram por algum motivo (sempre me comove e me arrepia ver essas coisas). Japariz com sua água menos salgada, um píer e várias acrobacias de crianças (não resisti e também virei uma). Sabe aquela música: “hoje eu só quero que o dia termine bem” ? É isso que eu espero. Amanhã estarei na Vila Histórica novamente e terça na minha cidade. Hoje eu vi, sou um verdadeiro “Anthevasin” e que eu seja para sempre uma pessoa que vive entre as fronteiras, nunca em um só lugar. Aloha!     






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