As pessoas não agüentam mais me ver viajar, mas meu sonho é
conseguir aquele passaporte diplomático e exercer minha futura profissão. Ao
chegar de meu cruzeiro, já preparei minha próxima viagem: tenho que emagrecer
mais e voltar a minha realidade – acreditem, é estranho quando você volta de
uma pequena viagem a outros países, você não sabe o que fazer mais, eu tinha a
minha rotina feita na Costa Fortuna. Minha prima de Espírito Santo estava em
Volta Redonda a minha espera, fomos ao shopping e assistimos a um filme em 3D
(adorei a nova sala 2 do cinema, totalmente reformada e os óculos não são de
plástico vagabundo). Minha mãe me liga, hora de partir: Ilha Grande! Aqui vou eu.
Arrumo minha mala ás pressas, volto a Vila Histórica para um passeio noturno
com a minha irmã do coração, Karynn Kaiser. Conversamos ao luar sobre o que
perdemos e o que deixamos de contar um para o outro, tudo isso com uma dose de
tequila. Não ligava para hora, eu tinha que acordar ás 06h00min bem disposto
para um trajeto de carro até Conceição de Jacareí. Pego uma lanchinha, chego
cedo ao meu destino. Esta ilha sempre me
encantou, não só por suas belezas naturais, mas por toda calma que ela
transmite e que não é encontrada nos grandes centros urbanos. Eu já venho aqui a
anos, não estava mais interessado em vir, outrora sei que essa minha nova
jornada vai ajudar-me a mudar de opinião – assim espero e confio. Vou direto à
Praia Preta, a praia mais perto de minha casa aqui no Abraão. Suas águas
cristalinas fizeram-me comparar com as de Porto Belo (SC): não é a mesma coisa,
Porto Belo não chega nem aos pés da Ilha Grande, é belo mas perde para a
grandeza. Depois fomos todos ao Caxadaço (um poço de água doce onde possui um
escorrega que as crianças adoram). Á tarde eu peguei meu pé de pato e fui
nadar. Havia um cruzeiro da Costa aportado aqui, água quente e onda. Quando
estou nadando é como se eu conversasse comigo mesmo: o que será de meu futuro?
Se estou trilhando o melhor caminho? Haverá muitas tempestades a qual meu barco
poderá suportar? Na ida foi tranqüilo, mas na volta, foi difícil. Era como se
cada onda não quisesse minha presença ali, eu teria que vencê-la. Eu sou muito
“mandão”, no mar eu perco esse meu poder – fico com raiva e alegria ao mesmo
tempo por isso. Eu estava ali não sendo desejado, mas ao mesmo tempo um
convidado a participar da melhor parte da tarde, a subida da maré. Cheguei ao
final da praia aliviado e pensando se todos os meus dias serão assim: se meu
corpo virasse sol, se minha mente viraria sol, e aqui, não chove e não choverá!
Tenho mais 9 dias no paraíso, meu SPA natural, a minha Bali do Paraguai.
"Então você escreve por reconhecimento interior e externo mundano, compartilhamento de informações seja por vontade, seja por carência. Escreve, pois precisa ter alguém nem que seja sua mãe para ler suas anedotas, escreve, pois é algo que você nunca sentiu prazer e excitação e agora, sem explicar o porquê sente-se completamente feliz, como se fosse o seu momento,escreve porque as palavras brotam de sua mente sem explicação."
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
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