segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Canção Nova – diário espiritual de momentos.


Não consegui dormir direito, estava estranhando o colchão – pelas minhas contas eu já dormi em sete camas diferentes da minha nessas férias, acho que me apego muito a minha cama. Vi o nascer do sol aqui em Cachoeira Paulista, o céu estava com uma cor vinho e com um pequeno raio de luz ao horizonte, perto do meu apartamento tem um lindo campo verdejante que lembra muito a clareira do filme Crepúsculo. Subimos até a área central da Canção Nova. Rodamos um pouco por lá, entre as belas árvores que produzem refrescantes sombras ao redor do pátio. Fomos até ao Rincão do Meu Senhor onde estava tendo uma adoração ao Santíssimo. Quando eu era pequeno sempre tive minhas dúvidas quanto a hóstia dentro daquele lindo ostensório, hoje sei que não cometeria o mesmo erro do padre que realizava uma missa em Lanciano e duvidou do corpo e sangue de Cristo, fazendo com que a hóstia se transformasse em uma carne (que muitos dizem ser parte do coração de Jesus) e o vinho se transformou em sangue – esse milagre ficou conhecido como o milagre de São Lanciano ocorrido na nossa “carina” Itália. Rezei, orei, exclamei. Eu tinha que sentir para acreditar, hoje eu acreditei sem sentir. Simplesmente você sabe quando é tocado pelo poder de Deus, eu não seria um caso a parte (como nunca fui, mas isso é o meu segredo mais oculto). Almoçamos e esperamos pela palestra vespertina do padre José Augusto (bem famoso aqui em São Paulo, “o neguim da Canção Nova” – com todo o respeito). Falou-se muito em crucifixo, um objeto que devemos ter que apenas ao olhar para ele, termos vontade de rezar, não só com nossas rezas individuais como em grupo seja ele familiar ou amistoso. Confesso que quando olho para um, lembro de Jesus na cruz e isso me dá medo, lembro-me sempre de sua paixão e dor. Tivemos a Santa Missa falando de Maria, mãe universal. Lembrei-me muito de outras religiões que simplesmente a descarta como se fosse uma mulher qualquer – você gostaria que falassem mal de sua mãe? Chega a ser até uma situação contraditória. Meu pai quando se casou e minha madrasta conseguiu carregá-lo para a igreja presbiteriana para metaforicamente (não consigo achar outra palavra para o encaixe) “encontrar e aceitar Jesus” – como se ele estivesse perdido, longe de nós e subitamente, proclamando algumas palavras, você o achasse – ele renegou Maria de todas as formas, como muitos fazem. Acham que proclamando o amor dela estaria tirando a glorificação da Santíssima Trindade. Eles não entendem como os devotos marianos conseguem achar tanta fé. Luta espiritual todos temos, quero ver batalhar sozinho sem ninguém para te interceder. Foi um ótimo dia, comprei quatro livros do Prof. Felipe Aquino para ler até meu projeto futuro (virão novas viagens por aí, internacionais talvez, estou rezando muito por isso). Tenho que ir dormir, esse diário espiritual de viagem precisa acabar por hoje. Que Deus vos abençoe. Buonna Notte!  






Um comentário:

  1. "Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova!
    Tarde demais eu te amei!
    Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora!
    Eu, disforme, lançava-me sobre as belas formas das tuas criaturas.
    Estavas comigo, mas eu não estava contigo.
    Retinham-me longe de ti as tuas criaturas, que não existiriam se em ti não existissem.
    Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha surdez.
    Fulguraste e brilhaste e tua luz afugentou a minha cegueira.
    Espargiste tua fragrância e, respirando-a, suspirei por ti.
    Tu me tocaste, e agora estou ardendo no desejo de tua paz... " Santo Agostinho.

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