Meu café da manhã foi com meu pai e com a minha madrasta.
Sentamos-nos à mesa de uma senhora cearense. Ela também cria um neto. Ela
falava de seu acolhido como se ele estivesse aqui, ele é a sua compainha
diária. Fiquei muito orgulhoso dela, afinal eu escuto dizer a mesma coisa das
pessoas que conversam com a minha avó ao qual eu moro – modéstia parte. Pegamos
o “teco-teco” (apelido carinhoso dado a aqueles barcos de pescadores que
demoram a chegar quando você mais tem pressa) rumo ao cais de Porto Belo, Santa
Catarina, daí. Esta cidade tem uma imagem semelhando a Ilha Grande (Angra dos
Reis). Eu amo natureza em partes, senti-me rejuvenescido – é tanto tempo dentro
do navio que você se perde do mundo de fora, eu havia esquecido como é bom um
banho de mar, meu mar. Andamos nas lojinhas locais, mas é uma cidade mais para
passar férias com um carro grande, pois não possui grande divertimento, tanto
que as pessoas partem para Blumenau, Balneário Camburiú ou Floripa. Fomos até a
uma ilha próxima, lembra muito a Ilha dos Pelados (Paraty). Comemos uma ótima
isca de peixe (não deixem de experimentar o pescado do sul do Brasil, é uma
carne e gosto totalmente diferente do sudeste, ganhou até da Tilápia de
Espírito Santo) e aproveitamos a praia no mínimo tempo que havia nos dado.
Todos do nosso grupo querem voltar de novo ao Sul – minha terra é de belezas
sem iguais, minha terra não tem muitas palmeiras, mas atraem muitos sabiás – e
eu não fiquei de fora dessa. Pena que as coisas aqui são mais caras que em
Volta Redonda, moraria tranqüilo. Voltando ao Costa Fortuna fui fazer uma sauna
(meu corpo está mais para ectotérmicos do que homeotérmico, por isso não
consigo ficar em lugares muito quentes ou muito frios por muito tempo) e depois
fui malhar. Foi minha última aula de spinner com o pessoal das 17hrs – Lari
Rios deixou saudade com o seu: “Querida professora”, “ARRRRRTHUR”, “Minha mãe
tinha que ver isso” (uma das melhores professoras que já tive). Tudo do navio
está em um clima nostálgico, amanhã terá desembarque em Santos e no sábado, Rio
de Janeiro. Hoje fiquei vendo as fotos de todas as escalas que fizemos, eu vivi
muita coisa nesse navio, descobri varias maneiras de viver, mas ainda sim, eu
queria mais. Vou ter. Salve Santos vem aí, olé, olé olá!
"Então você escreve por reconhecimento interior e externo mundano, compartilhamento de informações seja por vontade, seja por carência. Escreve, pois precisa ter alguém nem que seja sua mãe para ler suas anedotas, escreve, pois é algo que você nunca sentiu prazer e excitação e agora, sem explicar o porquê sente-se completamente feliz, como se fosse o seu momento,escreve porque as palavras brotam de sua mente sem explicação."
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
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