"And every time you notice me by holding me closely and saying sweet things, I don't believe that it could be. Speaking your mind and saying the real thing. My feet have broke free and I am leaving. I'm not gonna stand here feeling lonely but I don't regret it and I don't think it was just a waste of time." (The little
things - Colbie Caillat).
O que se resume as coisas simples para vocês? Uma vez
escutei de uma antiga professora de academia que as coisas simples, na verdade,
não são coisas e sim pessoas podendo assim todos nós sermos simples. Concordo
com ela: os relacionamentos podem ser simples, a rotina pode ser simples,
nossos sentimentos podem ser simples. Por que então temos desejos afoitos de
complicarmos cada coisa? “Deus escreve certo com linhas tortas”. Não sou fã
desse dito, Deus em sua imensa magnitude infalível de perfeição não nos
empurraria sofrimentos, choros, traumas e câncer. Muita das vezes temos que
admitir que nós procuramos o caminho errado para vícios certos. Quem procura
acha para a inesperada surpresa. Para mim, antes de uma coisa ser simples, ela
tem que me dar prazer (digo prazer, mas não aquele sentimento de afeto quente
ou tesão, mas sim o prazer que sentimos ao acordar em um dia maravilhoso de
vento, ao prazer de deitar em um cobertor com a pessoa que gosta e assistir um
filme agarrados, o prazer de ir dormir a noite pensando que amanhã será um novo
dia). Quando nos distanciamos de uma cidade grande e vamos para um lugar mais
interiorano, sentimos uma onda de apreciar tudo a nossa volta: o sopro de um
vento seja no arvorecer como ao entardecer, as flores parecem mais bonitas que
as do nosso quintal, pessoas parecem mais felizes vivendo em sua humilde vida.
Não digo que gostaria de ser um caipira, doravante tenho um sangue um pouco
matuto. Não obstante, tentamos seguir a nossa vida da cidade no campo, não deu
muito certo comigo em partes. Um exemplo simples é quando vou correr no centro
até a entrada da cidade, o povo te olha esquisito só porque você está de óculos
escuros, mp3 no braço, tênis branco de corrida. Não os julgo, mas é meio
esquisito. O engraçado que durante esse período na fazenda, foram os dias que
eu mais estudei inglês, cheguei na reta final de um ótimo livro (“Falsas
Doutrinas”, recomendo a todos que tenham curiosidade sobre seitas e religiões,
mesmo ele sendo muito puxado para o catolicismo), sorri a maior parte do tempo.
Se a vida é bela, eu diria que ela é bela e simples. Minha vó questionou-me se
eu moraria aqui e respondi que se tivesse um emprego fixo, eu moraria
tranqüilo, por que não? Fui criado em cidade pequena, Angra dos Reis não é lá
uma metrópole como São Paulo ou Rio de Janeiro (Ai Rio de Janeiro, que desgraça
ter que se lembrar de você e de sua moradora logo hoje no dia internacional do
amor, obrigado!). Estou arrumando as malas para voltar para Volta Redonda, a
vida de adulto tem que começar a dar seus primeiros passos, talvez semana que
vem eu viva mais minha vida simples, meu “simple life- mudando de vida”, meu
campo belo e simples.
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