Finalmente chegamos ao Porto, Buenos Aires me esperava.
Tento achar um táxi. Na saída do terminal um argentino teve a cara de pau de
cobrar 40 reais para levar-nos até a Casa Rosada. Já comecei a ficar
estressado, quando eu falo que não gosto de argentinos em plena sede do governo
deles, eles viram a cara – Foda-se! Se você não fizer ou comprar aquilo que
eles propõem, eles viram a cara e ainda te xingam, gente mimada. Voltando... a
Casa Rosada é linda. O que eu achei mais interessante ao seguir até a Cálida
Florida e a galeria Pacífico é que na maioria das esquinas tem uma estação de
metro – já fiquei imaginando o meu trajeto que irei fazer amanha sozinho por
essa cidade. A Cálida Florida é cheio de lojinhas, lembra muito a Amaral Peixoto
de Volta Redonda, como era domingo, as lojas estavam fechadas. Combinamos de
almoçar em Puerto Madero, onde se encontra a Pontifica Universidade Católica e
os melhores restaurantes de Buenos Aires. Aquele bairro é sensacional, parece
as ruas de Miami sendo cortadas por um rio. Eu finalmente pude comer novamente
meu “ojo de bife” por $107 pesos (no Brasil seria o coração da alcatra, carne
maravilhosa apenas importada da argentina por uma importadora em São Paulo e
servida no bistrô argentino-uruguaio de Campos de Jordão ao qual eu estive). As
frutas aqui são diferentes, não possuem gosto – o limão usado para fazer a limonada
argentina então, nem se fala, Pula! Eu vou valorizar mais a nossa água
brasileira – a água daqui é de geleira, possui gosto esquisito e custa 6 reais
(mais caro que em Campos do Jordão que era 3 reais). Partimos em direção ao La
Boca onde se encontra o estádio do Boca Juniors. Entramos e vemos o gramado. O
bairro é barra pesada, temos que nos vigiar de todos os lados. Ao retornar para
o Costa, eu tirei algumas fotos do navio para mostrar ao Brasil como o sol
dessa cidade é diferente, tudo mudo, tudo fica simples. Traje Social, noite na
esquina Carlos Guardel. Um espetáculo de Tango foi uma das coisas mais bonitas
que já pude ver – você se emociona, interage e sempre se lembra da pessoa que
você gosta, pois o Tango fala justamente disso, do afastamento, do largar, do
desapego mesmo gostando. Foi meu primeiro dia na cidade que mais queria
conhecer, não gastei um dinheiro se quer (o free shopping do navio é muito mais
barato que nas ruas), mas vou dormir pensando e dançando nas pessoas que gosto
que estão no Brasil, as quais eu tive que deixar e partir. Eu dançarei o meu
tango e “Don’t cry to me aaaaaaaaargentinaa”.
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