Sofie possui dupla cidadania. Para muitos um luxo, para
outros uma ameaça cultural. Duas culturas conseguem se misturar homogeneamente? É uma relação de mutualismo ou parasitismo? Sofie sofria por isso. Ser criada
por pais severos e ingleses não é para qualquer rostinho de olhos azuis.
Adolescência perdida, imaturidade com os homens (pego e largou, one night
stand). Ela desejava “falling in love at
first time”, ele a deu “amor de malandro” e “amor de melhores amigos”. No
começo era aventura, empolgação, dúvida – quem nunca desejou pegar a (o) melhor
amiga (o)? Ao mesmo tempo que vejo casamentos entre melhores amigos, vejo que
amigos perdem grandes amizades por simples tentação e desejo carnal. Sofie não
gostava de sua aparência, mas para ele, ela era o ideal. Dizem que os olhos
transmitem coisas que apenas o coração pode traduzir, o dela transmitia que até
essa mensagem poder chegar ao coração, ela deveria passar por uma muralha
protetora anti-mentiras e anti-sofrimentos. É engraçado e irracional se
apaixonar por alguém. Você a quer, mas tem medo de querê-la. Você a deseja, mas
sabe que aquilo seria uma quebra de contrato. Ela sentiu-se insegura perante o
que estava sentindo – como alguém que não teve adolescência pode saber como
lidar com isso quando se é mais velha? Resolveu se jogar. No final, ele foi uma
paixão, ela amava outro, o detentor de seus sonhos mais profundos e secretos.
Que conclusão poderia tirar disso tudo? Devemos realmente acreditar em nosso
coração e quem está nele ou acreditar que segundas chances são apenas ações que
não mudam o final? Sofie não queria perder seu melhor amigo, mas também não
poderia continuar com ele mais cedo ou mais tarde. Ela gosta de ser original e
sincera com seus sentimentos, mas também não sabe ter uma linha de raciocínio
óbvio e ver que não existe uma verdade absoluta e que “apenas no mundo dos
cegos as coisas serão o que verdadeiramente são”. O problema de que quando você
acredita em não botar expectativas nas pessoas para não ter desapontamentos é que
você nunca se lembra da pessoa, o quanto ela é importante para você.
Arrependimento. Sofie não sabe se escuta a razão ou amor, a “cabeça de baixo”
ou a cabeça de cima. Ela apenas queria sentir o gosto de estar com um amigo
mais afundo, mas descobriu que quando nós queremos muito alguma coisa ou
alguém, o universo castiga. Sofie ficou mais uma noite sozinha, sem um e nem o
outro, apenas sozinha.
"Então você escreve por reconhecimento interior e externo mundano, compartilhamento de informações seja por vontade, seja por carência. Escreve, pois precisa ter alguém nem que seja sua mãe para ler suas anedotas, escreve, pois é algo que você nunca sentiu prazer e excitação e agora, sem explicar o porquê sente-se completamente feliz, como se fosse o seu momento,escreve porque as palavras brotam de sua mente sem explicação."
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
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