Antes, eu não acreditava que amizade poderia se renovar e
nem ser encontrada em condições mal vistas aos nossos olhos. Sempre tive
colegas, amigos eu contava no dedo. Minha confiança é gradual. Não acredito em
“amizade a primeira vista”, ao mesmo tempo que acredito no “- Meu santo bateu
com o dela (e)!” Desde pequeno eu fui conhecendo o valor da amizade. Não fui
poupado de traição, chacotas ou advertimentos. Aprendi como se conquista e estou
aprendendo como se perde um grande amigo. Amor e ódio caminham lado a lado, a
amizade encontra-se no acostamento. Ao mesmo tempo em que seu amigo pode te
ajudar ouvindo suas conversas, dando conselhos, fazendo coisas divertidas, ele
pode ser seu pior inimigo oculto. Afinal nós esperamos das pessoas aquilo que
iríamos fazer no lugar delas, não é mesmo? Eu tive uma grande amiga. É até
estranho dizer isso, porque não tem como falar de uma grande amizade usando um
passado triste e que já não existe mais. O amor de amizade eu considero muito
mais intenso do que uma paixão: Você tem vontade de estar com a pessoa não por
excitação (ou desejo), você apenas sente-se bem pelo simples fato de vocês se
completarem e terem bons momentos juntos. Se existe alma gêmea no quesito amor, existe estrala-guia no
quesito amizade. A única lembrança que falei para ela foi para não apagar as
coisas ruins (deixá-las como marca d’água) e passar um marca texto nas coisas
boas (para nunca serem esquecidas e para sempre lembradas). Após uma perda de
uma grande amizade, você rever seus conceitos, afinal você era, de uma maneira
ou de outra, extremamente dependente daquela pessoa em certos assuntos. É como
encontrar- se em uma canoa sem remo. Em alguns casos você tem que ir à guerra:
sua amiga torna-se seu inimigo com todos os seus segredos usados como artefatos
nucleares. Com o tempo você aprende a lidar com novas pessoas e aprende a
conviver com os defeitos que acabam virando o tempero especial delas. Eu achava
que não encontraria uma amizade verdadeira de novo, mas a encontrei. Uma pessoa
que passou por quase os mesmo problemas que eu, era rejeitada por muita gente,
zuada e ainda sim, estava com um sorriso no rosto. Ela simplesmente vivia a
vida dela sem que comentários desnecessários a abalasse. Isso me cativou, eu
queria ser como ela. Comecei a olhar aquela pessoa com outros olhos, escutar
com outros ouvidos. “Os que não valem nada se atraem”, foi o único ditado
citado por mim para explicar nossa conexão. Hoje ela é essencial na minha vida
como a minha outra amizade era. Nunca poderia escolher qual amizade é melhor ou
pior, quem me dá mais alegria ou quem me dá mais segurança. Eu apenas cativei
mais uma pessoa e isso foi recíproco. Ela não é mais uma pessoa qualquer, como
nós julgamos os desconhecidos, ela é a minha irmã. Vadia, Leila, Cachorra,
Piranha, e ainda sim eu a amo.
"Então você escreve por reconhecimento interior e externo mundano, compartilhamento de informações seja por vontade, seja por carência. Escreve, pois precisa ter alguém nem que seja sua mãe para ler suas anedotas, escreve, pois é algo que você nunca sentiu prazer e excitação e agora, sem explicar o porquê sente-se completamente feliz, como se fosse o seu momento,escreve porque as palavras brotam de sua mente sem explicação."
domingo, 26 de dezembro de 2010
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