domingo, 26 de dezembro de 2010

Melhor amiga. Melhores em tudo.


Antes, eu não acreditava que amizade poderia se renovar e nem ser encontrada em condições mal vistas aos nossos olhos. Sempre tive colegas, amigos eu contava no dedo. Minha confiança é gradual. Não acredito em “amizade a primeira vista”, ao mesmo tempo que acredito no “- Meu santo bateu com o dela (e)!” Desde pequeno eu fui conhecendo o valor da amizade. Não fui poupado de traição, chacotas ou advertimentos. Aprendi como se conquista e estou aprendendo como se perde um grande amigo. Amor e ódio caminham lado a lado, a amizade encontra-se no acostamento. Ao mesmo tempo em que seu amigo pode te ajudar ouvindo suas conversas, dando conselhos, fazendo coisas divertidas, ele pode ser seu pior inimigo oculto. Afinal nós esperamos das pessoas aquilo que iríamos fazer no lugar delas, não é mesmo? Eu tive uma grande amiga. É até estranho dizer isso, porque não tem como falar de uma grande amizade usando um passado triste e que já não existe mais. O amor de amizade eu considero muito mais intenso do que uma paixão: Você tem vontade de estar com a pessoa não por excitação (ou desejo), você apenas sente-se bem pelo simples fato de vocês se completarem e terem bons momentos juntos. Se existe alma gêmea no quesito amor, existe estrala-guia no quesito amizade. A única lembrança que falei para ela foi para não apagar as coisas ruins (deixá-las como marca d’água) e passar um marca texto nas coisas boas (para nunca serem esquecidas e para sempre lembradas). Após uma perda de uma grande amizade, você rever seus conceitos, afinal você era, de uma maneira ou de outra, extremamente dependente daquela pessoa em certos assuntos. É como encontrar- se em uma canoa sem remo. Em alguns casos você tem que ir à guerra: sua amiga torna-se seu inimigo com todos os seus segredos usados como artefatos nucleares. Com o tempo você aprende a lidar com novas pessoas e aprende a conviver com os defeitos que acabam virando o tempero especial delas. Eu achava que não encontraria uma amizade verdadeira de novo, mas a encontrei. Uma pessoa que passou por quase os mesmo problemas que eu, era rejeitada por muita gente, zuada e ainda sim, estava com um sorriso no rosto. Ela simplesmente vivia a vida dela sem que comentários desnecessários a abalasse. Isso me cativou, eu queria ser como ela. Comecei a olhar aquela pessoa com outros olhos, escutar com outros ouvidos. “Os que não valem nada se atraem”, foi o único ditado citado por mim para explicar nossa conexão. Hoje ela é essencial na minha vida como a minha outra amizade era. Nunca poderia escolher qual amizade é melhor ou pior, quem me dá mais alegria ou quem me dá mais segurança. Eu apenas cativei mais uma pessoa e isso foi recíproco. Ela não é mais uma pessoa qualquer, como nós julgamos os desconhecidos, ela é a minha irmã. Vadia, Leila, Cachorra, Piranha, e ainda sim eu a amo.


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