terça-feira, 28 de dezembro de 2010

EX, relação exacerbada repentina.


“Já tive mulheres, de todas as cores, de várias idades, de muitos amores. Com algumas até certo tempo fiquei, com outras apenas, um pouco me dei.”


Parece incrível, mas sempre que tento ficar em paz com as minhas ex-namoradas aparece mais um caso de briga. Hoje eu vejo que as pessoas não esquecem as coisas ruins, principalmente sobre sua personalidade. Você faz um pedido pessoal e aquilo se torna o fim do mundo, mas quando você faz programas de lazer que as agrada, elas tornam-se um anjinho do pau oco. Mulheres: bicho egoísta e caçador inato. Eu levo em conta que quando você namora alguém, você também tem que namorar a família da pessoa – pode acreditar, isso dá certo (nada como um sorriso falso ou um elogio na hora certa se a situação não for agradável). O trágico é que quando o relacionamento termina, a família da pessoa tem que concordar com a pessoa e você sai como o vilão da história. Relaxa, existem vários lobos maus por aí, você não é o único. Alguém tem que ceder. Quem será o primeiro? O gesto de humildade parte sempre do lado mais fraco ou da pessoa que está em débito ou que está escondendo algo. Eu não gosto de ceder, mas também não espero que a pessoa concorde com tudo que eu diga. Vejo que meu estilo de relacionamento não é o único: quando começo a gostar de alguém e vejo que isso não vai dar certo, eu pulo fora – para que gostar de alguém que não vale a pena? Será mesmo que os menores frascos são os mais perigosos e os mais cheirosos? Eu não quero pagar para ver. Passado é passado, ex é ex – sem mais. Não tem como você viver com uma memória importuna, matutando na sua cabeça, que você precisa dar carinho, atenção, presentes na hora certa. Mulheres deviam vir com manual, assim como as televisões: tudo explicado, que botão se encaixa devidamente correto no buraco, o que fazer e o que não fazer. Venho trabalhando para concertar essa falta de sensibilidade em mim, quero que a palavra EX não seja sinônima de repugnância, chatices ou desconforto e sim de amizade e compreensão. É difícil no começo: a pessoa (ou você) quer distância e o silêncio; depois vem a fase de nostalgia ( “ – Você não era tão gentil comigo! A piranha novinha está mudando mesmo você, pau mandado.”); e finalmente a fase que você pede conselhos sobre seus novos relacionamentos (um barzinho e um litro de vodka combinam com esse ritual). “Cada um tem a cruz que merece”, eu também diria que cada um tem a ex (ou o ex) que merece.  Você chegar a um grau de maturidade com uma ex é uma trajetória longa e perigosa – e com muitas discussões no caminho, mas depois que você à alcança você vê que a pessoa foi especial para você naquele momento, ninguém usou ninguém ( os dois se usaram), o ciúme foi uma espécie de proteção e demonstração pública e particular de afeto e que ela continua sendo a mesma idiota quando se trata de amor.


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