sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Antigos hábitos angrenses. Crianças. Reencontro.


“- O Kayky sempre foi muito agarrado com você, né Arthur?
 - Sim, desde pequeno, vó.
 - Ei, desde pequeno nada. Desde neném, thu.”

A melhor coisa de se acordar em uma casa sozinho é que você está livre temporariamente de pessoas e obrigações diárias. Não gosto de dormir sozinho, mas acordar sozinho é um luxo – Não sei vocês, mas eu me preocupo com o meu odor, avalio o estado de graça da minha boca e como está meu cabelo quando acordo com uma pessoa, é quase um ritual secreto, pois perde a graça ou você fica sem graça quando a pessoa percebe o que você anda fazendo ás escondidas antes dela acordar com: remela, bafo e cheiro de cama e você, ás vezes, nem ligar para isso, amor é cego (e com nariz entupido, eu diria). Levanto, faço um shake com todas as fibras possíveis – meu intestino e como de muitos não funciona com um “reloginho” quando viajamos. Assisto os últimos clipes do momento no TVZ – se não existisse música, eu teria que inventá-la. O mais engraçado é que não tinha feito esse ritual desde a minha chegada, apenas faltara o PC ligado ao mesmo tempo baixando filmes (uma das melhores invenções – filmes a baixar), depois fui para o meu banho, concluindo o ritual. Mais tarde, minha casa parecia uma creche, como se não bastasse minhas irmãs, uma amiga delas dormira aqui e o Kayky chegou depois do almoço. Como de praxe, tive que largar tudo para dar atenção, ele não aceita ser divido com outra coisa – parece até alguém que conheço. Fomos todos à praia: Arthur e sua creche. Finalmente, Kayky se divertiu com algo e eu ria a cada rolada e caixotes na água, pensando se ele seria o filho que talvez eu não tenha um dia. Banho, lanche, descanso. Meus amigos do centro da cidade vieram visitar essa pessoa capiau e que mora afastada a qual vos escreve. Encontro minha amiga – uma mulher que encontrei em uma reunião de amigos no centro de Angra (eu estava na casa da anfitriã que havia conhecido em menos de 2 minutos antes de a reunião começar e mal sabia eu, que iria passar a primeira noite fora de casa), nós conversamos por algumas horas e depois nos aceitamos no Orkut, a partir daí, sou o “namorado virtual” dela. Minha doce Marisa. O melhor de tudo nesses meus amigos, Marisa e Cazé, é que eles não se importam com grandeza, qualquer coisa os agrada e sabem principalmente do que eu preciso na hora certa. Comemos “rodeio” olhando o horizonte entre as duas ilhas que se encontram nessa parte da costa. Planos, cerveja e o mar. Na areia: 3 caminhantes, 3 pessoas ligadas de alguma maneira, mas antes de tudo, 3 pessoas companheiras “viva la vida”. 


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