Árvore, bonecos de neve, flores. É tão engraçado o clima de
Natal das pessoas. Minha amiga recebe um e-mail todos os dias com a contagem
regressiva dessa data tão festiva, acolhedora, família. Para uns é tempo de
comemorar, para outros o Natal é um trauma. Vendo por este lado eu até
concordo: não queria estar em um abrigo e não poder abraçar quem eu gosto, ser
criança e não poder ter a magia de sentir que alguém se lembrou de você e
trouxe um presente, um carinho, um agrado; não queria sentar sozinho a mesa
tomando um vinho e desejando feliz natal a meu cachorro. Festa. É disso que eu
gosto. Luzes, magia, encanto. Hoje minha casa parece um parque temático: A casa
do Papai Noel dos Barboza. Mesmo tendo alergia a poeira, fiz questão de ajudar
no mínimo que eu pude. O resultado não podia ser diferente: merecia até uma
foto e um post em um desses anúncios de casa decorada. Minha avó, como de
costume, muito habilidosa e muito delicada montou a sala de estar que eu vou
lembrar quando estiver longe, comemorando o Natal em lugar que não me pertence,
não é onde o meu coração está. Falamos de comida, de que doces iremos preparar,
que pessoas iriam se alegrar em passar o natal com a gente, como serão nossos
agradecimentos, mas nunca se esquecendo do verdadeiro aniversariante. Depois de tudo pronto nos sentamos no sofá
que ainda contém cheiro de novo, acendemos todas as luzes e rimos. O que eu
pude sentir foi uma onda nostálgica e avassaladora que me tirou de onde eu
estava e apenas deixou em meu corpo a felicidade daquele momento. Eu, minha
vovó e meu vovô (confesso que nunca usei esse tipo de termo, mas acho o mais
apropriado para expressar o espírito protetor que tenho para com eles).
Família, pela primeira vez eu vi o que era. Meus avós, meu talismã que está no
centro dessa união. Minha lindona, Meu herói. Eu amo vocês -Dim blon, Dim blon.
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