Hoje foi um daqueles dias que eu tive que parar em minha
cama e conversar com Deus e tentar responder a seguinte pergunta: “- O que foi
isso?” Uma ligação quando eu já havia me recolhido. Um número desconhecido, uma
pessoa no outro lado da linha que até dois meses atrás eu achava que era o
centro de toda a minha atenção. Ouvir sua voz que me acalmava era de alguma
maneira estranha. Você perguntou-me se eu realmente estava bem, pois percebeu
que o meu “Estou ótimo” foi realmente dado com tanta ênfase e alegria genuína
que ate te assustou. Eu estou realmente assim, tudo está muito bem. Eu sou dois
Arthur: um quando eu namoro o outro
quando estou só. Hoje eu procuro “fall in love” e você era a minha grande
paixão a dois meses atrás. Escutar-te falando de sua faculdade foi como eu escuto
meus amigos. Antes eu a via como a minha pior inimiga, pois te roubava muito
tempo. Hoje sei que ela é o alicerce de seu futuro e que você tem que realmente
vangloriá-la e botá-la em primeiro lugar, eu sei que eu faria o mesmo, está
sendo assim. Aquela historia de um casal conhecido seu, realmente concretiza-se
na vida real. Em meio ao meu dia tão complicado e atribulado de coisas a fazer,
tirar realmente um tempo para uma pessoa chega a ser como se entregássemos uma
medalha de honra ao mérito a essa pessoa, porque deixamos de fazer algo para
dispormos de nosso precioso tempo com ela. Eu entendo disso, que eu era
especial, afinal você tirou alguns tempos para mim, mesmo que eu tenha usado
algumas pressões típicas de um adolescente infantil apaixonado. A sua educação
sempre irá comover-me, perguntando da minha nova vida, mas eu não tenho muito
que falar, afinal não somos mais nem amigos e nem quero ser. Descobrir que
semanas depois de que deixamos o silencio reinar você já teve distribuído o
numero de seu novo celular a terceiros (detalhadamente: ao cara mais galinha da
cidade) consumiu-me demais, eu chorei por isso. Afortunadamente eu me reergui.
Na academia, disperso em meu mundo interior que foge da realidade onde eu me
encontrava, eu pegava-me pensando em ti. Se não fosse você, eu não estaria
malhando em demasia para voltar ao corpo que eu tinha. Em vez de isso
entristecer-me, eu alegrava-me e mandava um muito obrigado telepaticamente.
Nossa conversa ao telefone não durou nem 5 minutos, entretanto foi suficiente
para ver que você faz parte de março, daquelas águas de março. Como elas, você
era desesperadamente esperada (seja em forma de ligações ou encontros
corporais), pois a necessidade de sentir o frescor de uma rajada de vento frio
em um período de calor virou uma necessidade absurda de ser perdida. Porém,
logicamente e racionalmente, elas caíram em março, e assim fazem parte já de um
passado. Toda vez que eu pensar em você, mandarei “luz”. Eu te perdoei, porem
não te esqueci. Hoje, gratificante, eu me perdoei por ter amado em demasia e
fora de controle. Afinal, quando amo, eu amo, quando acaba, acabou. “- LUZ”.
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