sábado, 18 de junho de 2011

Sentado no Divã: 4ª semana, 1 mês, 31 dias que voaram.


Na boa, Clóvis? Eu não sei se o tempo parou, não passou ou ficou em câmera lenta e hoje ele resolveu alarmar-me: “Hoje são dia 18 de junho. Daqui a 6 meses você estará com o seu destino feito, viajando para algum lugar devido às suas férias de verão e estará maravilhado com a magia do Natal que traz com ele, em poucos dias depois, o seu aniversário de 20 anos.” Eu estava retornando à casa depois de mais uma série exaustiva na academia quando o Sr. Tempo resolveu sussurrar em meus ouvidos quase fazendo-me perder as estribeiras. Eu não sei você, mas eu acordo e de repente, estou em outro mês, Clóvis. Eu estava conversando isso com a minha avó esses dias e a questionei-a (para não perder o costume do Sr. "Pergunta Tudo"): “ – Vó, na sua época o dia tinha realmente tinha 24 horas? Hoje eu acordo e tenho que checar no meu celular alguma hora livre e encaixar com outra para ter as horas da academia diária. Tem horas que fico até triste, porque eu sei que você gosta de conversar e eu queria até te dar mais atenção, mas está difícil.” Hoje faz um mês, Clóvis. Um mês que eu vi aquela lua cheia pela vidraça do banheiro e te achei. Ainda bem que te achei, porque se não, eu estava mais sozinho que o “Grinch” no Natal. Chegou um certo tempo da minha vida que eu tive que escolher entre meu futuro ou ficar estático, na mesma, como eu estava. Não reclamo dessas conseqüências, mas a minha outra rotina era muito mais divertida, cheia de amigos à volta, paixão, encontros.  Eu estou lutando e vamos ver no que vai dar. Nunca deixei de abrir os olhos para as coisas simples e sei que amizade é como o sol em um dia nublado, você não precisa vê-lo para saber que ele está lá. Tudo vai se ajeitar, por isso rezo. Temos que brindar, afinal hoje você recebe seu primeiro pagamento de mim. Nossa como isso é caro! Subiu mais que o preço da gasolina desde quando eu fazia terapia à tempos atrás. Quero desconto. É a vista e eu tenho meus direitos. Calma Clóvis, estou brincando, relaxa. Sim, eu sou assim no meu dia-a-dia. Gosto de sempre ter um desconto, nem que eu tenha que usar todo o meu sangue italiano e simpatia que tenho para isso. Ganho tantas coisas com isso, você nem imagina. Outro dia mesmo a “tia” da padaria desatou a me elogiar em pleno ato do meu pagamento, não obstante a sobrinha dela começou a me olhar e também falou da minha beleza. Eu fiquei super vermelho, mas foi tão bom. Eu estou voltando a ser como eu era, até emagreci e estou com mais “músculos” como diz minha tia. Que bom, né? Sim, eu sou egocêntrico e prepotente. Eu me dou valor. Também sei ser humilde, porém se você não se auto valorizar, quem irá? Você tem que se olhar no espelho e falar: “- Eu te pego, gato!” e sair com o nariz mais empinado do mundo porque sua roupa finalmente te serviu de novo. Como recompensa, pode até comer a pipoca da tia do ponto com queijo e calabresa. Gordo? Que nada, isso é gratificação por um bom trabalho. Estou com olheiras tão amostras assim? Nem te conto. Minha mãe fez uma cirurgia de redução de estômago. Aquelas por vídeo, sabe? Coitadinha, ela já tinha feito milhares de dietas, tomado inúmeros remédios de rato e até plástica, mas nada deu certo. A família é “larga”, você tem que entender. Não ria, babaca! Você deve ser magro de ruim. Enfim, ela se entregou a cotar seu estomago e reduzir para sempre o seu gosto pela comida. Fiquei no hospital de acompanhante com ela. Meu Deus! Aqui vai o meu parabéns a essas pessoas que já passaram por isso. São tonteiras, vômitos, dores de cabeça, mal estar, copinhos de 50ml a cada 30 minutos, remédios, dreno. Tive que aprender sobre tudo isso e ajudar a minha mãe a segurar essa barra. Graças a Deus, tudo está bem. Mais um sonho que ela realiza: Ser magra. Eu fico bobo com ela. Tudo que ela luta, ela consegue. Eu quero ser igual ela um dia: ter fé e confiança em tudo que fizer. Façamos um brinde antes que esquente. Tin Tin, Clóvis: a mais um mês, a mais um mês que você está escutando-me semanalmente. E como diz a música italiana: “Cameriere, Champaghe!” Buona Notte. Ce vediamo in la prossima settimana, mio caro amico.

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