quarta-feira, 20 de abril de 2011

Macaé: Calçadão, Picanha e Boliche.


"Existem momentos na vida que é necessário excluir pessoas, apagar lembranças, jogar fora o que machuca, abandonar o que nos faz mal. Espere sempre o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier. Ouse, arrisque, não desista jamais e saiba valorizar quem te ama, pois, esses sim, merecem sua atenção e respeito. Quanto ao resto, bom, ninguém nunca precisou de restos para ser feliz."

Já é uma hora da manhã, todos aos seus aposentos, eu acabo de regressar-me de uma caminhada inesperada ao longo da orla. Não consigo dormir, acho inexplicável a necessidade de dormir em um lugar onde se tem um mar para tocar seus pés e uma lua cheia a iluminar seus pensamentos. Minhas pernas latejam. Overdose de exercício físico, emoções fortes e alegria. De duas semanas para cá, em minhas orações diárias e muitas das vezes inaudíveis eu venho pedindo por paciência.  Paciência para ouvir, paciência para falar, paciência comigo mesmo. Mesmo com todo tempo estudando e pela primeira vez na vida tendo gosto em praticar essa rotina, eu perco o dom de ter calma. Essa viagem a Macaé era o que o destino e o meu Pai reservaram para mim. Sabe o livre-arbítrio? Aqui em Cavaleiros eu o tenho. O ter não significa que terei para sempre nem que saberei usá-lo da maneira correta na hora exigente. Já se passaram dois dias. O calçadão com seu calor matinal escaldante, o mergulho na água fria azulada límpida que se encontra a 30 segundos de meu portão, o reconhecimento que tenho tudo que uma pessoa sonharia em ter e talvez não dê valor a isso. A “Picanha do Zé” foi degustada a cada fatia de conversas sobre corrida e vidas recorrentes. O caminhar da noite escutando “Fuckin’ Perfect - Pink” totalmente ratificado por “Far Away – Nickelback” deixando passos de um jovem que não se considera mais um adolescente e sim uma pessoa que já esta entrando na fase adulta, tendo em mente o que pretende fazer de sua vida nos próximos anos. Hoje rolou um boliche em Rio das Ostras. Ao mesmo tempo em que tentava acertar algum “strike”, eu tentava não fazer a bola voar para outra direção. Hoje eu acredito em sorte de principiante. Essa foi a minha segunda vez e não deu muito certo toda a parada. Voltando para casa uma afirmação fez-me analisar toda a noite: “- Quando estávamos jogando boliche, eu não pensava em nada. Eu queria vencer, como todo ser humano com espírito esportivo. Mas eu estava ali, só ali. Não pensava em nada, nada.” Realmente, nós fugimos de toda a realidade, mas esse feriado prolongado também está sendo surreal. Hoje será o meu último dia em Macaé. A nostalgia já bate, vontade de ficar mais. Um dia após o outro, viverei esse dia como se realmente fosse o último, dos meus dias. Macaé, dai-me o seu melhor, gata garota!  "Vem ne mim"!

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